domingo, 23 de agosto de 2009

Hoje falamos de: Viram, por aí, uns panfletos?



Claro que não viram, pelas simples razão de que eles não são da autoria da câmara de Anadia

Mas estes "postais" ao vivo vêem, todos os dias

Claro que ninguém viu estes panfletos, ou outros com a mesma finalidade, pela simples razão de eles não serem da autoria da CM de Anadia.
A câmara de Anadia tem demonstrado que não inclui no rol das suas preocupações promover campanhas de sensibilização, na área do ambiente, ou não fosse ela a principal prevaricadora, continuando neste e em variadíssimos outros aspectos a anos-luz de outros municípios.
A política de preservação ambiental, cuja parceria com outras políticas assume importância decisiva na construção de um futuro com desenvolvimento sustentado, não faz parte do léxico deste executivo e, ainda menos, do seu presidente pese, embora, a tentativa de o disfarçar com a distribuição, necessária e recente, de uns ecopontos por aí.
No entanto não faltam panfletos de promoção da imagem do presidente da câmara os quais, contrariamente ao que algumas pessoas pensarão – se é que pensam - não chegam à nossa caixa do correio ou aos balcões das repartições autárquicas de borla. Antes pelo contrário. Eles custam aos cofres câmara, em compilação, impressão, distribuição, etc., uns bons milhares de euros por ano. Dinheiro esse que, aplicado num melhor sistema de recolha e em campanhas de sensibilização, evitariam as deprimentes situações que a foto denuncia, vulgares, também, nos caminhos agrícolas do concelho.
Face a estes e a outros exemplos de governação autárquica, penso que não será excessivo dizer: ou mudamos de rumo ou seremos um concelho sem futuro.
Outra vez me lembro da velha frase que a minha velha avó tanto gosta: “longe vá o agoiro”

sábado, 22 de agosto de 2009

Hoje falamos de: Asfixia democrática


Quando vejo a Dr. M.F. Leite, não consigo evitar associar a sua figura à personagem fantástica criada pelo Bruno Nogueira nos Contemporâneos. Ambos têm um piadão. Este, porque usa o limite do “non sense” para fazer rir. Aquela, porque leva o “non sense”tão longe que perde a noção dos limites do ridículo.
Vem esta senhora falar de” asfixia democrática” quando não é capaz de dizer uma palavra acerca do que se passa na Madeira onde está “superiormente” definido, pelo intocável do PSD que, quem não é pelo Sr. Dr. Alb. João, é inimigo a abater. Vem falar de “asfixia democrática, quando não dirige um som sequer, de resposta - nem uma “bufa”. Um peido seria mais adequado, mas isso é pedir muito - ao seu peão de brega madeirense, quando este, libertando a sua conhecida flatulência, empesta o ambiente com os métodos e afirmações que tresandam à putrefacta ideologia salazarista. Vem falar de “asfixia democrática” quando ela própria, questionada sobre P. Coelho admite, em entrevista na RTP, que quem é contra ela, no seu partido, não pode pensar em ser deputado. Vem falar em “asfixia democrática”, quando defende a inclusão, nas suas listas para deputados, de pessoas envolvidas em processos judiciais, já considerados arguidos, cuja opção é contestada, até pelos seus mais próximos, apoiantes. Mas ela assobia para o lado e dá uma desculpa esfarrapada.
Haverá melhor exemplo de asfixia democrática?
Há pessoas que não conseguem ver um pedregulho no seu próprio olho, mas sempre julgam ver um cisquinho no olho alheio e Ferreira Leite é uma delas.
Mas estas coisas pegam-se e o vírus “jardinocrático” já alastra aos escolhidos de MFL. Veja-se o caso de Anadia. Veja-se a quantidade e motivos da depuração efectuado por Litério Marques. Veja-se em quem recaiu a escolha para cabeça de lista à AM. Luís Santos um homem do “ámen”- com uma conhecida ligação com Litério tipo “unha com carne”.
É esta a dupla maravilha que se propõe governar Anadia. Se tal acontecer, senhores, bem podemos preparar as costas para a vénia e para o beija-mão. Quem o não fizer, e eu serei um deles, não me admira nada que tenha a vida transformada num inferno, como agora acontece na “jardinocracia” madeirense.
Só me resta dizer como a minha avó: “longe vá o agoiro”.

sábado, 15 de agosto de 2009

Hoje falamos de: É preciso sobreviver

Se te portas mal levas com a menina dos cinco olhos.
Na semana passada li no Expresso que uma sondagem, feita à população Holandesa, revelou que os holandeses acham que 12% dos membros do seu governo são corruptos, subindo para 18% no que toca aos funcionários das câmaras municipais.
Se as mesmas perguntas forem feitas aos portugueses, que valores apontarão eles? Com certeza bem mais altos, dirão muitos leitores. E terão eles razão?
Esta nota de abertura vem a propósito do que falta explicar no que concerne às recentes acusações recíprocas entre o cabeça de lista pelo CDS á AM e o presidente da Câmara de Anadia.
Francamente esperava ver escarrapachada no JB desta semana uma resposta ao artigo de Litério Marques publicado na edição anterior deste jornal. Tal não aconteceu, o que me deixa seriamente preocupado, porque L.M. coloca sombras muito comprometedoras sobre a lisura do comportamento do antigo membro do seu staff.
O que foi insinuado coloca este ex eng.º ao serviço da edilidade numa posição desconfortável que o fragiliza , pessoal e politicamente a ele e, por contaminação, a todos ou seus colegas funcionários da autarquia. Por essa razão, e pelo respeito que é devido aos cidadãos deste concelho, insisto para que não caia no esquecimnto, que deveria haver, por parte do Eng.º Sidónio, a devida, a convincente, a fundamentada defesa e contra ataque. Acredito que argumentos não lhe faltarão.

domingo, 9 de agosto de 2009

Hoje falamos de: Pela boca morre o peixe

É um velho ditado e que se aplica na perfeição ao que se está a passar em torno da embrulhada “casas clandestinas” cuja construção, em terrenos proibidos foi “consentida” pelo actual presidente da Câmara. Este afirma, no Jornal da Bairrada, que não autorizou. E tem razão! O que é ilegal não é passível de autorização.
Um antigo funcionário da CM de Anadia, no tempo em que se cometeram algumas dessas ilegalidades, Eng.º Sidónio, vem agora a terreiro, denunciá-las com a pompa e circunstância que convém a um putativo candidato às próximas eleições autárquicas. Mas este é um tema recorrente, já anteriormente tratado, política e jornalisticamente. Mesmo assim, e sabendo que tema não era novo, o Sr. Eng.º usou-o pensando que seria a bomba que iria chamuscar, irremediavelmente, o presidente da Câmara.
Quis chamuscar e parece-me que saiu chamuscado. O presidente da câmara aproveita e procura defender-se acusando o Eng.º, com virulência, de uma panóplia de incompetências que fariam corar uma estátua. Praticamente atira para ele as culpas pelas ilegalidades. Acusa-o, mesmo, no referido jornal, “ de apagar da sua memória o que não interessa que se saiba”. Não interessa a quem? O que faltará contar Sr. Eng.º?
Alargando a questão: o que faltará contar, Srs. Engenheiros e Srs. Funcionários da Câmara Municipal?
Ficamos a aguardar para ver se o Sr. Eng.º Sidónio Carvalho tem tomates (perdoem-me os mais puritanos) e argumentos para por os pontos nos ii. Se não o fizer, ficará muito mal na fotografia.

domingo, 2 de agosto de 2009

Hoje falamos de: Zeca Afonso

Venham mais cinco
Duma assentada
que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá
.......
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que já é tempo
D´embalar a trouxa
E zarpar

Admito que, actualmente, poucos jovens na faixa etária dos 13 aos 35 ouçam Zeca Afonso.
No entanto, este homem que hoje faria 80 anos, marcou durante mais de duas décadas, não só a juventude, mas principalmente esta, com as canções que compunha ou que, simplesmente, interpretava.
Era, com alguns cantores seus contemporâneos, aquela voz que, em consequência da forte censura vigente, que ele tentava ludibriar, com jogos de palavras, chegava aos ouvidos de muitos portugueses, quase sempre de forma furtiva e clandestina, e os despertava para a realidade do Portugal de então.
Muito já se escrevia, na altura, contra a ausência de liberdades, sobre a miséria e atraso crónicos deste país, mas fazê-lo cantando tem outra eficácia e uma maior abrangência.
Como disse alguém, noutro contexto, “cantar é rezar duas vezes”.
Assim fez o Zeca. Cantando multiplicou o alcance da sua “doutrina”. A doutrina que nos conduziu à democracia de que, tranquilamente hoje usufruímos e, por vezes, malbaratamos.
Estaremos nós a merecer Zeca Afonso?