
Era o dia 3 de Junho, Sábado, do ano de 1989, passaram-se, apenas, 20 anos – quando já no nosso país a nossa juventude usufruía da liberdade por outros conquistada – que milhares de jovens chineses, a maioria estudantes, se juntaram na mítica Praça de Tiananmen, em Pequim, protestando contra a ditadura pedindo, apenas… democracia. Estavam de mãos vazias contra um regime comunista, com uma “escola” de repressão e violência criada por Mao Tsé Tung.
Estavam de mãos vazias, disse, mas exigiam uma arma, que de bélico não tem nada, mas cujo efeito pode ser devastador. A arma do voto pessoal e secreto.
Mas, esta arma o regime comunista não estava disposto dar. Em vez dela mandou tanques e soldados armados com metralhadoras, que os estudantes, de mãos vazias, enfrentaram oferecendo a vida. Milhares de vidas. Quantas? Parece que ninguém sabe, ou melhor, ninguém quer saber, nem cá e muito menos lá, porque o regime comunista chinês ameaça e reprime de forma violenta mas subtil, destruindo as carreiras profissionais ou internando em clínicas psiquiátricas, como é prática dos regimes comunistas, quem tem a ousadia de recordar o massacre.
Incomoda pensar que, há apenas 20 anos atrás, enquanto milhares de jovens trocavam a vida por um voto, já nós malbaratávamos a nossa possibilidade de o usar. E hoje, invocando os mais disparatados argumentos, essa propensão para o desperdício do voto continua a verificar-se. Mais do que uma pena, é uma imoralidade
Muito bom artigo!
ResponderEliminarBem escrito, longo o suficiente e com um tema bastante actual, sem nunca o referir.
É extraordinário como há pessoas capazes de trabalhar para os outros...
Dar a vida???
Uuuuiii...
Excelente!
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